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Aumento da fome no AM é resultado da falta de políticas econômicas, diz Ricardo Nicolau

O deputado estadual Ricardo Nicolau (Solidariedade) afirmou que a falta de políticas econômicas de desenvolvimento por parte do governo do Amazonas resultou no aumento da fome nos últimos quatro anos. Para o parlamentar, que é pré-candidato ao governo estadual, é de responsabilidade do Estado o fato de que a maioria da população amazonense está vivendo abaixo da linha da pobreza, principalmente no interior.

“Não tem nada mais terrível do que uma pessoa passar fome e hoje há amazonenses que precisam escolher se come proteína um dia sim, outro não. Isso é desumano. O Amazonas é um estado rico, mas tem pessoas passando necessidades. É preciso criar emprego e renda principalmente no interior, coisa que o governo atual não fez”, declarou.

Ricardo Nicolau destacou que o Amazonas é o único estado da região Norte que não fez um planejamento econômico a longo prazo. “O Pará já faz manejo florestal e já gera fonte de recursos para as comunidades. Roraima vende peixe para nós aqui. O nosso estado tem potencial, mas precisamos mudar a forma de governar porque essa que está aí há 40 anos não está funcionando. A prova é que mais da metade da população está vivendo abaixo da linha da pobreza”, ressaltou o pré-candidato. 

Dados de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do ano passado revelam que seis em cada dez trabalhadores do Amazonas não possuem carteira de trabalho assinada, gerando um aumento do trabalho informal, conhecido como “bico”. O crescimento do número de trabalhadores informais é um indicador, segundo Ricardo Nicolau, de que o atual governo não consegue criar um ambiente de negócios para atrair novas empresas que possam criar mais postos de trabalho. 

“Os governantes se contentaram com a Zona Franca de Manaus que lá na década de 1970 absorvia a mão de obra. Hoje, a Zona Franca sozinha não consegue porque Manaus virou uma metrópole e a população do estado todo cresceu e, infelizmente, o desemprego é algo presente em todas as famílias. Isso gera um grande número de trabalhadores que estão na informalidade. Não podemos abrir mão das nossas indústrias, mas é preciso gerar desenvolvimento ampliando nossa matriz econômica. Temos turismo, mineração de forma sustentável, o polo petroquímico, a bioindústria, são muitas alternativas. O que falta é gestão”, enumerou. 

Ações sociais

O político também propõe a criação de programas que possam auxiliar a população em situação de vulnerabilidade social e alimentar a cursos de qualificação. Ele voltou a defender a isenção da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em todas as compras feitas pelo cartão do Auxílio Estadual. 

Ricardo Nicolau também propõe um valor diferenciado dependendo da condição social e do número de membros de cada família beneficiária. A proposta será apresentada na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). 

“Essa isenção representa 18% a mais no poder de compra de quem recebe o auxílio permanente. Se o Estado tributa essas pessoas, ele está ‘dando com uma mão e tirando com a outra’. Nossa ideia é fazer a isenção do ICMS para essas pessoas. Esse auxílio é importante, mas não pode ser feito de qualquer forma. O valor para uma família sem filhos não pode ser igual a de uma família com três ou quatro filhos. Além disso, esse tipo de programa precisa ter uma ferramenta que ajude essas pessoas a voltar ao mercado de trabalho e que possam, no futuro, sustentar suas famílias”, enfatizou. 

Da Assessoria